Colonoscopia

O exame de colonoscopia é um procedimento que usa técnica semelhante a da endoscopia, através da imagem, e tem como objetivo analisar principalmente o intestino grosso e o íleo terminal.

A colonoscopia é indicada para identificar lesões, pequenos sangramentos e pólipos localizados na parede intestinal. Além disso, ela é capaz de diagnosticar tumores colorretais e pode impedir que a doença cause danos mais sérios se realizado precocemente.

O procedimento também pode ser indicado para cauterização de vasos sanguíneos ou até uma descompressão de volvo intestinal.  Contudo, é recomendado que pessoas a partir dos 45 anos de idade façam o exame de colonoscopia rotineiramente para o rastreio do câncer do cólon, desde que não haja histórico familiar.

Como o paciente deve se preparar para o exame?

Algumas recomendações são feitas ao paciente alguns dias antes do exame. É fundamental que nas 48 horas que antecedem o exame, seja feito o preparo intestinal. Em síntese, é necessário adotar uma dieta leve, sem proteínas animais e alimentos gordurosos.

Além disso, é necessário tomar medicações com efeito laxante para que o cólon esteja completamente limpo. Nas 24 horas que antecedem o exame, é indicada uma dieta líquida, para que não sejam produzidos resíduos no intestino grosso, pois o teste pode não ser realizado se no cólon ainda estiver sujo.  No dia do exame de colonoscopia, o paciente deverá ingerir um remédio chamado manitol, com ação laxativa.

Como é realizado o procedimento?

O exame de colonoscopia é feito com o paciente sedado. Durante o procedimento, é introduzido um colonoscópio, ou seja, um tubo flexível, pelo ânus, com cerca de 1 metro de comprimento e 1 centímetro de diâmetro e uma pequena câmera na ponta.

Se for detectada alguma alteração na mucosa, o médico pode usar uma pinça e retirar um fragmento para realizar a biópsia.

Em caso de lesões suspeitas de malignidade, o endoscopista poderá retirá-las de maneira segura. A duração do exame é de 30 a 60 minutos. É obrigatório a presença de um acompanhante. 

Entenda como a Colonoscopia ajuda na prevenção do câncer de intestino

O câncer de intestino ou colorretal é a forma mais comum de câncer no sistema digestivo e a terceira mais comum entre todos os tipos de cânceres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de novos casos devem ser diagnosticados em 2020 no mundo.

A doença abrange tumores que se iniciam na parte do intestino grosso, denominada cólon, no reto, porção final do intestino, e no ânus. Trata-se de um crescimento anormal e descontrolado de células, as quais formam os tumores que destroem ou substituem os tecidos do organismo.

O principal sintoma deste tipo de câncer é caracterizado pelas alterações no hábito intestinal como, por exemplo, um paciente que defeca normalmente, passa a sofrer constipações constantemente. Sangramento nas fezes, além de fraqueza, diminuição no apetite e perda de peso são fatores que devem ser percebidos.

Contraindicações

O exame de colonoscopia é contra indicado quando o paciente tem suspeita de:

• Perfuração intestinal
• Diverticulite aguda;
• Obstrução intestinal;
• Megacólon tóxico.

Quais as possíveis complicações e efeitos colaterais? 

Os efeitos colaterais do exame de colonoscopia costumam ser passageiros. O paciente poderá sentir algum inchaço abdominal e/ou cólicas nas primeiras horas após o procedimento, por ser necessário insuflar o intestino com ar durante o exame. Também pode aparecer rajas de sangue ou coágulos nas fezes caso tenham sido feitas biópsias ou retirada de pólipos. 

As chances de alguma complicação são remotas, sendo a colonoscopia considerada um procedimento seguro. Os eventos mais graves que podem ocorrer são o sangramento ativo, a formação de úlceras na parede do cólon e a perfuração intestinal. Neste último caso, pode ser necessária a realização de cirurgia para correção. Além disso, como os exames são realizados com sedação, alguns pacientes podem apresentar reações a alguma das medicações ou complicações relacionadas a doenças pre-existentes, principalmente cardiovasculares e pulmonares.

Conclusão

Como vimos neste artigo, os casos de câncer no intestino têm crescido progressivamente. No entanto, os principais fatores de risco ligados ao desenvolvimento da doença são a dietas pobres em fibras, consumo excessivo de carnes processadas, cigarro, obesidade e sedentarismo.  

Além de manter os hábitos alimentares saudáveis, o método mais eficaz para a prevenção e diagnóstico do câncer de intestino é o exame de colonoscopia. Pacientes acima de 45 anos devem inserir o procedimento em sua rotina de exames. Entretanto, pacientes que com histórico familiar do câncer, devem ficar atentos aos sintomas e realizar a colonoscopia conforme orientação médica.