Quando o assunto é alimentação saudável para as crianças, muitas são as dificuldades alegadas pelas famílias contemporâneas. A falta de tempo e até de intimidade com a cozinha e o universo nutricional são as principais queixas, até porque a correta nutrição infantil requer tempo, atenção, paciência, persistência e criatividade.
Mas são os extremos que realmente preocupam as autoridades. De acordo com o Global Nutrition Policy Review, documento publicado pela Organização Mundial de Saúde no final de dezembro do ano passado, em 2016, mais de 340 milhões de crianças entre os 5 e os 19 anos de idade sofriam de excesso de peso ou obesidade.
No outro extremo, 192 milhões de crianças da mesma faixa etária tinham baixo peso, sendo que subnutrição é a causa de morte de aproximadamente metade das crianças com menos de 5 anos. Este relatório é referente aos anos 2016 e 2017 e foca o progresso de cada região na promoção de hábitos saudáveis de alimentação e políticas de nutrição.
Mas o que é uma alimentação saudável para as crianças?
De acordo com a nutricionista infantil Jaqueline Augustin, de forma geral, “é uma alimentação variada, colorida, saborosa, segura, que contenha todos os nutrientes essenciais para promover uma adequada qualidade de vida.”
Além disso, segundo a nutricionista, diferentes faixas etárias também têm diferentes necessidades nutricionais. “Cada faixa etária apresenta uma demanda nutricional específica. E a oferta de nutrientes é de grande importância para um adequado crescimento e desenvolvimento corporal e neurológico”.
Cada idade, uma necessidade:
???? 2 a 5 anos: hortaliças e fontes de cálcio (lácteos e folhas verdes), por conta do crescimento e desenvolvimento dos ossos. Nesta fase a criança já consome os mesmos alimentos que a família e já deve ser estimulada a comer frutas e hortaliças inteiras.
???? 6 a 10 anos: na idade escolar é comum o apetite aumentar, mas é preciso ficar atento para que os alimentos consumidos sejam saudáveis para dar energia sem favorecer o sobrepeso, carboidratos saudáveis (batata doce, aipim, inhame, batata baroa, batata inglesa) devem ser constantes no cardápio, assim como a aveia, as frutas e o tradicional arroz e feijão.
???? Acima de 11 anos: Nessa fase é comum os pré-adolescentes quererem trocar os alimentos por fast foods ricos em sódio, açúcar e gorduras saturadas e trans, que podem trazer impacto negativo à saúde. O ideal e limitar o consumo destes alimentos a alguns momentos específicos na semana.